Direito a informação e a comunicação de risco a trabalhadores de postos de revenda de combustíveis na cidade do Rio de Janeiro sobre a exposição e efeito do benzeno à saúde.

Coordenação Profª Márcia Ribeiro
 
Comunicar é uma ação inerente à sociedade humana, pela comunicação produzimos sentidos e estes movem as relações sociais. Como qualquer outro setor, a saúde coletiva tem a comunicação como dimensão intrínseca aos seus processos, seja entre instituições e população, entre pares, intra e interinstitucional, podendo-se afirmar que a qualidade da articulação entre os setores envolvidos neste campo – estado, sociedade civil, profissionais de saúde, setor privado, mídia, academia, entre outros – é definida pela qualidade da comunicação praticada. Estudos demonstram que a fragilidade dessa articulação pode ser atribuída ao distanciamento e dificuldade de participação de alguns desses setores no processo de negociação nas questões relativas à saúde. Existem inúmeras evidências científicas que demonstram o potencial carcinogênico de determinadas exposições químicas ocupacionais. No Brasil, diferente de outros países, os postos de combustíveis contam com trabalhadores que realizam o abastecimento dos veículos e estão cronicamente expostos a substâncias químicas presentes nos combustíveis através da inalação e contato dérmico, durante suas jornadas de trabalho. O presente projeto trata do direito à informação e comunicação à trabalhadores de postos de revenda de combustíveis trabalhadores de postos de revendas de combustíveis, na cidade do Rio de Janeiro, quanto ao risco da exposição e efeitos de substâncias carcinogênicas à saúde, em especial, o benzeno. Bem como, as formas de prevenção da exposição. Assim, busca-se desenvolver estratégias metodológicas para subsidiar a produção de material informativo a partir da compreensão e percepção de risco destes trabalhadores, articulados aos dados da literatura para o desenvolvimento de propostas de materiais informativos adequados às necessidades dos trabalhadores.
Neste momento de isolamento, a equipe executora está trabalhando os dados do trabalho de campo realizado no ano de 2019.

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